Infelizmente, muitos Católicos não conhecem a verdadeira
história do preterismo, que por sinal, nasceu dentro do Catolicismo para
combater justamente a perseguição protestante. Durante o século XVI, ocorreram
várias rebeliões na Europa, as principais foram: Lutero e Calvino.
Não demorou muito para esses rebelados usarem o livro do apocalipse contra a
Santa Igreja Católica. Resultado: Esses rebelados criaram o embuste de que, o
Santo Padre era o anticristo e a Santa Igreja era a grande meretriz do
apocalipse.
Podemos encontrar essa definição na famosa confissão de fé
de Westminster.
“Não há outro Cabeça
da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma
o cabeça dela, mas ele é aquele
anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na
Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus” (Confissão de Fé de
Westminster 1643 e 1649 – Sessão V).
Foi nessa época que, um padre jesuíta Católico chamado: Luís
de Alcázar (1554 - 1613) escreveu um livro chamado: “Vestigio Arcani Sensus in Apocaplysi” ou “Investigação do Sentido Oculto do
Apocalipse”. Este livro foi publicado um ano após sua morte. Sua visão a
respeito do livro do apocalipse era:
Apocalipse do capítulo I ao XII se referia à
queda de Jerusalém.
Apocalipse do capítulo XIII ao XIX se referia à
conversão do império romano (Nesta visão ele defendia que Roma era a Grande
Meretriz).
Apocalipse no capítulo XX descreve as perseguições
finais do anticristo sendo ele: CEZAR
NERO.
Apocalipse do capítulo XXI ao XXII descreve o
triunfo da nova Jerusalém que é a Santa Igreja Católica.
Luís de Alcázar nasceu em Sevilha e foi ordenado em
1578.
Obs.: Ele não foi excomungado por ser preterista e
suas obras não foram condenadas pelo Santo Ofício.
Vejamos agora alguns comentários a respeito do conteúdo do
livro de Luís de Alcázar:
“Acima de tudo, é
extraordinário o livro: Vestigatio Arcani Sensus in Apocalypsi de Luís de
Alcázar. Esse escritor foi o primeiro a levar a cabo de forma consistente a
ideia de que, o apocalipse, em sua parte inicial, é dirigido contra o judaísmo,
e, na segunda parte, contra o paganismo, de modo que, no capítulo XII, lemos
sobre a primeira perseguição aos cristãos por parte do império romano, já no
capítulo XIX, lemos sobre a conversão final daquele império. Ele, assim, nos
apresenta a primeira tentativa séria de chegar a uma histórica e psicológica
compreensão do livro. A ideia elaborada por Alcázar já havia sido expresso por
Hentenius (Exegeta Dominicano) no prefácio de sua edição sobre Arethas de
Cesareia” (Enciclopédia Bíblica: Um Dicionário Crítico da História
Literária, Política e Religiosa, p. 200 - Thomas Kelly Cheyne).
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